O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), estabelecido pela Norma Regulamentadora 1 (NR-1), deixou de ser apenas uma obrigação legal e se tornou uma questão de desenvolvimento empresarial real. Empresas que tratam a gestão de riscos com seriedade colhem resultados no ambiente de trabalho e na construção de uma cultura de segurança. Mas como saber, de fato, se o GRO funciona no dia a dia?
No Portal NR1, organizamos os principais indicadores que traduzem o desempenho prático do GRO. Eles ajudam a sair da teoria e enxergar a realidade, mostrando onde avançar e quais ajustes fazem sentido para a rotina de cada organização.
Por que medir resultados do GRO faz diferença?
Muitos gestores ficam na dúvida: vale a pena acompanhar indicadores? Em nossa experiência, os números mostram o caminho.
O que não se mede, não se gerencia.
Ainda vemos empresas investindo em processos ou treinamentos sem saber se isso gera efeito ou resolve as verdadeiras “dores” dos trabalhadores. Por isso, os indicadores do GRO não vão apenas medir: serão ferramentas para reajustar estratégias, apoiar tomadas de decisão e dar base para evoluir a gestão de SST.
Se você busca entendimento aprofundado sobre implementação e gestão prática da NR-1, vale conferir as orientações do nosso guia prático de implementação da NR-1.
1. Taxa de não conformidades
A taxa de não conformidades reflete quantos desvios, falhas ou descumprimentos foram identificados no sistema de gestão de riscos.
Aqui, acompanhamos tanto as não conformidades simples (como ausência de EPI) quanto aquelas que indicam lacunas mais profundas (ausência de análise de riscos em determinada atividade).
Quanto menor a taxa de não conformidades ao longo do tempo, maior a maturidade do sistema GRO.Recomendamos consolidar informações dos relatórios de auditoria, inspeções rotineiras e feedbacks dos trabalhadores.
2. Número de incidentes e acidentes
Um dos sinais mais claros para avaliar o sucesso do GRO é a quantidade de incidentes (eventos sem lesão) e acidentes (eventos com lesão) registrados.
- Redução destes números ao longo do tempo sugere boa identificação de perigos e gestão eficiente.
- Oscilações ou crescimento apontam necessidade de revisão dos controles implementados.
Registre e faça o acompanhamento sistemático, considerando a severidade dos incidentes, para identificar se o PGR está realmente sendo cumprido.
3. Participação em treinamentos
No GRO, todos devem entender riscos e saber como agir. Por isso, outro indicador-chave é o número de trabalhadores treinados e em dia com as reciclagens obrigatórias.
Treinamento é prevenção ativa.
Controle listas de presença, datas de reciclagens e avaliações pós-curso para identificar possíveis lacunas de aprendizagem. Empresas que investem em treinamentos alinhados ao plano de riscos percebem melhor engajamento e resultados mais palpáveis na rotina.
4. Índice de ações corretivas concluídas
A gestão de riscos é um ciclo contínuo – identificar, corrigir, acompanhar. O índice de ações corretivas concluídas mostra a capacidade da empresa de agir de forma ágil e efetiva após detectar falhas ou pontos de melhoria.
- Planeje, registre prazos e responsabilize pessoas ou setores por cada ação.
- Acompanhe a evolução até o fechamento das pendências.
Para apoiar esse controle, o uso de ferramentas digitais pode fazer a diferença, como mostramos no artigo sobre softwares de gestão do GRO.
5. Percepção de risco dos trabalhadores
O sucesso do GRO não depende só da gestão formal. É essencial entender a percepção dos próprios trabalhadores sobre os riscos e o ambiente de trabalho.

Pesquisas de clima organizacional, entrevistas e caixas de sugestões mostram o quanto as equipes reconhecem os perigos, sentem-se seguras e acreditam nas medidas implantadas.
Empresas que promovem diálogo aberto sobre riscos conquistam ambientes mais protegidos e transparentes.O Portal NR1 preparou um conteúdo especial sobre gestão dos riscos psicossociais, um aspecto fundamental para compreender a percepção coletiva de risco. Veja mais sobre este tema em nosso artigo sobre desafios e soluções dos riscos psicossociais na NR-1.
6. Tempo para atendimento de incidentes
Outro indicador prático é o tempo médio entre ocorrência de incidentes e a resposta efetiva da área de SST. A celeridade no atendimento faz toda a diferença na redução de perdas e na confiança dos colaboradores.
- Meça do momento do registro até a adoção das primeiras providências (investigação, isolamento, comunicação, etc.).
- Busque manter tempos cada vez menores, mas sem sacrificar a qualidade das análises.
Responder rápido a incidentes é sinal de responsabilidade e compromisso.
Empresas exemplares frequentemente compartilham seus aprendizados sobre esse processo. No Portal NR1, temos casos reais que podem inspirar sua gestão. Veja alguns relatos na seção de casos de sucesso.
7. Aderência às auditorias internas
A auditoria interna é parte da rotina do GRO e revela se as práticas estão sendo seguidas conforme planejado. O indicador aqui é quantas áreas/setores, porcentualmente, passaram pelas auditorias e ficaram dentro dos requisitos estabelecidos.
Boas taxas de aderência significam implementação consistente e contínua da NR-1.

Nesse contexto, é interessante estudar exemplos nacionais e internacionais disponíveis em nossa página de guias NR-1, que ajudam a entender como implementar auditorias internas alinhadas às tendências globais de SST.
Conclusão: Indicadores são aliados para decisões inteligentes
Quando medimos, entendemos. E só entendendo podemos avançar. Os sete indicadores-chave do GRO que apresentamos aqui permitem um olhar claro sobre práticas, falhas, melhorias e conquistas.
O Portal NR1 segue pesquisando, compartilhando e atualizando as ferramentas que apoiam gestores em todo o Brasil nessa missão. Acreditamos que transformar dados em ação é o melhor impulso para a cultura de segurança nas empresas.
Cuidar das pessoas começa com informação e termina em resultados.
Se você quer evoluir na aplicação da NR-1 e aprimorar sua gestão de riscos ocupacionais, acompanhe os conteúdos, guias e ferramentas do nosso portal. Vamos juntos construir ambientes de trabalho mais seguros, informados e fortes!
Perguntas frequentes sobre indicadores do GRO
O que é GRO na prática?
GRO, ou Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, é o processo sistematizado de identificar, avaliar e controlar riscos à saúde e segurança dos trabalhadores em ambientes laborais. Na prática, isso significa adotar procedimentos, treinamentos e rotinas para antecipar perigos, envolver equipes e agir para evitar incidentes e doenças ocupacionais.
Quais são os principais indicadores do GRO?
Os principais indicadores que monitoramos no Portal NR1 são: taxa de não conformidades, número de incidentes/acidentes, participação em treinamentos, índice de ações corretivas concluídas, percepção de risco dos trabalhadores, tempo para atendimento de incidentes e aderência às auditorias internas. Cada um deles revela um aspecto diferente do funcionamento e da evolução do GRO.
Como medir o sucesso do GRO?
O sucesso do GRO aparece na redução de não conformidades, queda no número de incidentes, aumento da participação em treinamentos, cumprimento ágil de ações corretivas, melhoria na percepção dos funcionários, respostas rápidas a incidentes e boas taxas de aderência às auditorias. Utilizar indicadores periódicos cria um ciclo de melhoria contínua e demonstra resultados concretos à gestão.
Por que acompanhar indicadores do GRO?
Acompanhar indicadores permite encontrar rapidamente pontos de atenção, fundamentar decisões estratégicas e fortalecer o compromisso dos gestores com a segurança. Sem indicadores, a gestão de riscos se torna subjetiva e pouco eficiente. Com base nos dados, é possível agir preventivamente e construir uma cultura de SST sólida.
Como implementar indicadores-chave no GRO?
Recomendamos começar com os indicadores que sejam facilmente extraídos dos processos já existentes, formalizando registros em auditorias, treinamentos e relatórios de incidentes. Aos poucos, acrescente novos parâmetros, incentive a participação dos trabalhadores e padronize revisões periódicas. Ferramentas digitais podem simplificar esse acompanhamento e integrar informações de forma confiável, como já discutimos em nossos artigos especializados.
